Partindo da abordagem a conceitos principais, metodologias e abordagens de um arquivo em artes performativas, privilegiando a escuta e a observação, construiu-se um espaço de reflexão em torno das necessidades de preservação e valorização cultural, sensibilizando para a criação de práticas de arquivo.
A sala de formação expandiu-se e aconteceu também em visitas e conversas num mergulho intenso pelo património material e imaterial, junto daqueles que lhe dão corpo. No Pavilhão do 3º Congresso, acompanhados pelo Diretor Geral do Património Cultural, Cambraima Allonso Cassamá e pelo atual Diretor do Museu Etnográfico, Albino Djata, fomos guiados pelos objetos e pelo arquivo de cinema da Luta de Libertação Nacional. As peças do Museu Etnográfico, temporariamente sem instalação própria, encontram-se armazenadas neste local.
A visita ao Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro, em Cacheu, foi um momento raro! Aos anteriores anfitriões, juntou-se Albano Mendes, figura ímpar no território da museologia e da etnografia na Guiné-Bissau (Diretor dissidente do Museu Etnográfico da Guiné-Bissau), que narrou a travessia que contextualiza a escravatura, a partir do ponto geográfico por onde os navios densamente ocupados partiram…
Somaram-se arquivos, sempre inspirados na tradição. No Ilhéu do Rei, fomos ver a exposição permanente (até que o tempo a apague) “Nturudu – Um Carnaval Sem Máscara” nas ruínas daquela que foi a emblemática fábrica de óleo de amendoim.